Como descobrir se meu filho tem autismo

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento neurológico que afeta a capacidade de uma pessoa de se comunicar, formar relacionamentos e responder ao ambiente.

Identificar sinais de autismo em crianças pode ser desafiador, mas a consciência e o entendimento podem ajudar pais e cuidadores a reconhecer os sinais iniciais e buscar assistência profissional quando necessário. Este artigo visa orientar pais e cuidadores sobre como detectar possíveis sinais de autismo em seus filhos.

30 sinais e sintomas de autismo (TEA)

1. Compreenda o Espectro do Autismo

O autismo é referido como um “espectro” porque sua gravidade e sintomas podem variar amplamente de uma pessoa para outra. Algumas crianças com autismo podem ter habilidades excepcionais em áreas específicas, como arte ou matemática, enquanto outras podem ter dificuldades significativas com habilidades sociais e de comunicação.

2. Conheça os Sinais de Alerta

O autismo geralmente se manifesta antes dos três anos de idade, embora possa ser diagnosticado muito mais tarde. Aqui estão alguns sinais iniciais a serem observados:

  • Falta de contato visual: Bebês típicos começam a fazer contato visual já aos primeiros meses de vida. Uma criança com autismo pode evitar o contato visual ou parecer não notar as pessoas ao seu redor.
  • Atrasos na fala e na linguagem: Embora todas as crianças se desenvolvam em ritmos diferentes, atrasos significativos na fala e na linguagem podem ser um sinal de autismo. Isso pode incluir não balbuciar ou falar palavras simples aos 16 meses de idade.
  • Comportamentos repetitivos: As crianças com autismo frequentemente demonstram comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, girar ou organizar objetos de uma maneira particular e repetitiva.
  • Dificuldades sociais: Crianças com autismo podem ter dificuldades para se relacionar com os outros. Elas podem não responder quando são chamadas pelo nome, não mostrar interesse em brincar com outras crianças ou ter dificuldades em entender sentimentos e emoções.

3. Procure Avaliação Profissional

Se você acredita que seu filho pode estar mostrando sinais de autismo, o próximo passo é procurar uma avaliação profissional. Isso geralmente envolverá uma equipe de profissionais de saúde, incluindo um pediatra, um psicólogo e um fonoaudiólogo. Eles usarão uma variedade de ferramentas e técnicas para avaliar as habilidades e comportamentos do seu filho.

4. Conheça o Processo de Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é baseado em dois critérios principais, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5): déficits na comunicação social e comportamentos, atividades e interesses repetitivos e restritos. Não existem testes médicos para diagnosticar o autismo, então o diagnóstico é feito com base na observação do comportamento da criança.

5. Mantenha a Calma e Procure Apoio

Receber um diagnóstico de autismo pode ser uma experiência emocionalmente intensa para os pais. No entanto, é importante lembrar que um diagnóstico de autismo não é o fim do mundo, mas o começo de uma jornada. Há uma infinidade de recursos e apoios disponíveis para famílias de crianças com autismo. Grupos de apoio, terapias especializadas e programas de educação personalizada podem fazer uma diferença enorme na vida de uma criança autista.

O diagnóstico de autismo pode abrir a porta para serviços e apoios que podem ajudar seu filho a prosperar. Embora seja um desafio, com o apoio e as estratégias corretas, as crianças com autismo têm o potencial de viver vidas plenas e gratificantes. A chave é a detecção precoce, intervenção e apoio contínuo.

O Jardim Especial de Leo

autismo

Era uma manhã de sábado, e Ana Maria estava no jardim com seu filho, Leo, de três anos. Ela observava Leo brincando com suas pedras coloridas, meticulosamente alinhando-as em fileiras perfeitas, uma atividade que parecia acalmá-lo. Ana Maria amava o filho mais do que tudo, mas não conseguia deixar de notar que ele era diferente das outras crianças.

Leo raramente fazia contato visual e parecia estar mais interessado em suas pedras do que em brincar com outras crianças. Ele tinha dificuldade em se comunicar e ainda não havia falado sua primeira palavra. Além disso, era muito sensível a certos sons e texturas e podia ficar extremamente perturbado com mudanças na rotina.

Preocupada, Ana Maria decidiu buscar ajuda profissional. Ela agendou uma consulta com o pediatra de Leo e descreveu as preocupações que tinha. O pediatra ouviu atentamente e sugeriu que Leo passasse por uma avaliação para o Transtorno do Espectro Autista.

Depois de várias visitas a especialistas e uma série de testes, Leo foi diagnosticado com autismo. Ana Maria sentiu uma mistura de emoções: alívio por finalmente entender o que estava acontecendo, medo do desconhecido, mas, acima de tudo, determinação para ajudar seu filho a prosperar.

Ana Maria começou a pesquisar sobre o autismo e a se envolver em grupos de apoio para pais de crianças autistas. Ela aprendeu novas maneiras de se comunicar com Leo e trabalhou com terapeutas para ajudá-lo a desenvolver suas habilidades sociais e de comunicação.

Com o tempo, Ana Maria começou a ver Leo de uma nova perspectiva. Ela começou a apreciar sua atenção aos detalhes, sua paciência, sua habilidade de se concentrar intensamente em uma tarefa e sua maneira única de ver o mundo. Ela percebeu que o autismo não era uma doença a ser curada, mas uma parte essencial de quem Leo era.

Ao invés de tentar mudar Leo, Ana Maria se dedicou a criar um ambiente onde ele pudesse florescer. Ela transformou o jardim em um espaço seguro para Leo explorar e interagir com o mundo à sua maneira. Ela plantou uma variedade de flores e plantas que Leo gostava de tocar e sentir, e até criou uma seção especial para suas pedras coloridas.

O jardim de Leo tornou-se um lugar de crescimento, não só para as plantas, mas para Leo e Ana Maria também. No processo de ajudar Leo a se adaptar ao mundo, Ana Maria percebeu que o mundo também precisava se adaptar a Leo.

E assim, em seu jardim especial, Leo floresceu. Através do amor, compreensão e apoio de sua mãe, ele foi capaz de crescer e se desenvolver à sua maneira única e maravilhosa. E Ana Maria, por sua vez, aprendeu que cada criança, assim como cada flor em seu jardim, é única e deve ser amada e apreciada em sua singularidade.

Conclusão

Em resumo, o autismo é um espectro amplo com uma variedade de sintomas, habilidades e desafios. Ao conhecer os sinais de alerta, buscar avaliação profissional e obter apoio adequado, os pais e cuidadores podem ajudar as crianças com autismo a alcançar seu pleno potencial. Não existe uma “cura” para o autismo, mas com compreensão, aceitação e apoio, todas as crianças com autismo podem brilhar à sua maneira.