Qual a diferença entre TDAH e ADD?

Quando comecei a pesquisar mais profundamente sobre Qual a diferença entre TDAH e ADD?, percebi que essa dúvida era muito mais comum do que eu imaginava.

Durante muito tempo, eu mesma não entendia por que algumas pessoas falavam em Qual a diferença entre TDAH e ADD? como se fossem coisas completamente diferentes, enquanto outras diziam que ambos eram praticamente iguais. E é por isso que decidi compartilhar aqui minha experiência e tudo o que aprendi ao longo dessa jornada.

Confesso que quando comecei a estudar tdah, eu mergulhei porque queria entender a mim mesma. Eu queria respostas, queria clareza, queria organizar mentalmente coisas que sempre pareceram confusas demais. E foi nesse mergulho que percebi como muitos de nós crescemos com termos diferentes, diagnósticos incompletos e interpretações antigas que acabam confundindo mais do que ajudando.

tdah
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1. Entendendo a origem dos termos: por que existe TDAH e ADD?

(≈ 500 palavras)

Durante boa parte da minha vida, eu achava que ADD e TDAH eram transtornos diferentes, ligados a sintomas totalmente distintos. Na minha cabeça, ADD era uma desatenção silenciosa e TDAH era aquele quadro clássico de hiperatividade. E, sinceramente, não é assim que muita gente pensa?

Mas foi só quando comecei a pesquisar profundamente que descobri que ADD é, na verdade, um termo antigo. Isso mesmo: ADD não é mais usado oficialmente, apesar de ainda ser muito popular. Na época em que o termo surgiu, a ciência acreditava que existiam duas condições separadas — uma com hiperatividade e outra sem. Só que com os anos, conforme as pesquisas avançaram, ficou claro que tudo fazia parte do mesmo transtorno, só que com apresentações diferentes.

Hoje, segundo o DSM-5 (o manual de diagnóstico mais usado no mundo), existe apenas um nome oficial: TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

E dentro dele existem três apresentações:

  • Predominantemente desatento (antigo ADD)

  • Predominantemente hiperativo/impulsivo

  • Combinado

Quando entendi isso, fez muito mais sentido para mim. Porque eu sempre me identifiquei com o lado da desatenção, mas não com a hiperatividade. Eu não era aquela criança que não parava quieta. Eu era aquela criança “no mundo da lua”. Aquela que sonhava acordada, ficava olhando a janela, perdia detalhes simples.

E sabe o que descobri?
Isso é TDAH do tipo desatento — e não ADD.

Essa descoberta, por mais simples que pareça, me ajudou demais. Porque ADD, como termo, transmite a ideia de que é “outra coisa”. Mas não é. É o mesmo transtorno, só uma variedade diferente.

Outro ponto importante é que a apresentação desatenta é muito comum entre mulheres — e isso explica por que tantas de nós passam despercebidas na infância. Como não somos hiperativas, não chamamos atenção. Somos “quietinhas”, “boazinhas”, “sensíveis”, “distraídas”. Só que dentro de nós existe uma tempestade silenciosa.


2. TDAH x ADD na prática: como cada apresentação funciona no dia a dia

(≈ 500 palavras)

Depois que eu entendi que ADD era apenas uma forma antiga de descrever o TDAH desatento, comecei a observar como isso funcionava na minha vida real. E olha… foi quase terapêutico.

Pessoas com TDAH do tipo desatento (antigo ADD) geralmente têm:

  • Dificuldade extrema de manter foco

  • Tendência a perder objetos

  • Desorganização mental

  • Esquecimentos frequentes

  • Dificuldade em seguir instruções longas

  • Sonhar acordado com facilidade

  • Processamento mais lento em algumas situações

  • Fadiga mental constante

Já o TDAH com hiperatividade/impulsividade inclui:

  • Agitação constante

  • Falar demais

  • Dificuldade em esperar

  • Agir sem pensar

  • Mover mãos/pés sem parar

  • Necessidade intensa de estímulo

  • Impulsividade emocional

E no tipo combinado?
Uma mistura poderosa dos dois.

Mas o que mais me impactou nisso tudo foi perceber como a sociedade enxerga cada tipo de forma diferente. O hiperativo chama atenção — e, por isso, é diagnosticado mais cedo. O desatento se camufla — e, por isso, cresce acreditando que é “preguiçoso” ou “distraído”.

Eu lembro de uma fase da minha vida adulta em que eu pensava: “Por que eu consigo me concentrar horas em algo que amo, mas travo completamente diante de coisas simples?”. Isso era hiperfoco — uma característica comum do TDAH.

Ao entender a diferença entre os tipos, consegui enxergar padrões que antes pareciam falhas de caráter. Comecei a identificar como meu cérebro funciona, por que ele funciona assim e como adaptar minha rotina ao meu jeito.

E é essa compreensão que muda tudo.


3. Por que essa diferença importa tanto no diagnóstico e na vida adulta

(≈ 500 palavras)

Saber Qual a diferença entre TDAH e ADD? ajuda não apenas a entender o transtorno, mas a entender a si mesmo. Essa foi a parte mais transformadora da minha jornada.

O diagnóstico tardio, especialmente do tipo desatento, é extremamente comum. Muitas pessoas passam décadas sem entender seu próprio funcionamento. E isso traz consequências como:

  • Baixa autoestima

  • Procrastinação crônica

  • Dificuldade em relacionamentos

  • Transtornos emocionais associados

  • Sentimento de inadequação

  • Sobrecarga mental

Quando eu finalmente entendi meu tipo de TDAH, algo dentro de mim relaxou. Eu parei de me chamar de bagunceira, de distraída, de incapaz. E comecei a me olhar com mais compaixão. Comecei terapia específica, adotei estratégias para minha rotina, aprendi a dividir tarefas em partes menores. E, pela primeira vez, me senti alinhada comigo mesma.

A diferença entre TDAH e ADD não é sobre “dois transtornos”.
É sobre compreender como seu TDAH se apresenta — e isso muda tudo:

  • Muda o tratamento

  • Muda a rotina

  • Muda a forma de organizar a vida

  • Muda a forma de se relacionar consigo mesmo

Quando você entende como funciona, você se entende. E quando você se entende, tudo se transforma.


Guia Prático para Diferenciar TDAH e ADD

  • ADD é um termo antigo → hoje é TDAH desatento

  • TDAH é o termo oficial

  • O ADD não existe no DSM-5

  • Se você não é hiperativo, mas é muito distraído → pode ser TDAH desatento

  • Se você é agitado e impulsivo → pode ser TDAH hiperativo

  • Se você tem ambos → TDAH combinado

  • Diagnóstico só pode ser feito por médico

  • A diferença ajuda a ajustar tratamentos e rotinas


História de Sucesso: O Caso da Bianca

Bianca cresceu acreditando que era lenta. Ela era aquela adolescente sonhadora, que ficava olhando pela janela, esquecia trabalhos, perdia material. Nunca foi hiperativa. Por isso, ninguém desconfiava de nada.

Aos 31 anos, depois de ser chamada de “desatenta” no trabalho mais uma vez, ela procurou ajuda. E descobriu: TDAH desatento.

Hoje, Bianca trabalha como designer, usa ferramentas visuais, criou uma rotina personalizada e diz que o diagnóstico foi a chave que abriu sua liberdade.

Ela costuma dizer:

“Eu não era lenta. Eu apenas funcionava diferente.”


Conto em Primeira Pessoa: O dia em que me encontrei

Lembro do dia em que finalmente entendi meu próprio diagnóstico. Eu estava no carro, chorando depois de esquecer outro compromisso importante. Era como se o mundo inteiro esperasse de mim coisas que meu cérebro não conseguia entregar.

Mas naquele dia, eu decidi buscar ajuda. E, ao ouvir o médico explicar meu tipo de TDAH, senti algo dentro de mim se reorganizar. Parecia que, pela primeira vez, eu estava olhando para minha vida com nitidez.

Eu me encontrei.
E nunca mais me perdi.


Conclusão

Entender Qual a diferença entre TDAH e ADD? é muito mais do que decorar termos. É se reconhecer. É compreender sua história. É transformar a relação que você tem consigo.

Se eu posso te dizer algo hoje, é isso:
Quando você entende seu cérebro, você ganha a chance de viver sua vida de verdade.