Neste artigo, abordaremos dez sintomas físicos do autismo. Muitos acreditam que, por ser uma deficiência invisível, o autismo não apresenta características físicas. Entretanto, esses sinais físicos existem, embora nem sempre sejam facilmente perceptíveis. Embora o autismo seja primariamente reconhecido por suas características comportamentais e cognitivas, é essencial reconhecer que ele também pode manifestar-se por meio de sintomas físicos.
Preste atenção aqui comigo porque você está prestes a saber quais são esses sintomas e como identificar os na sua casa antes de começar. Ok?
Os 10 sintomas físicos do autismo
1. Enxaqueca: A sensibilidade sensorial que muitas pessoas no espectro autista possuem pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de enxaquecas. Além disso, acredita-se que a disfunção na regulação do neurotransmissor serotonina esteja envolvida tanto na enxaqueca quanto no autismo. Este foi um sintoma que tratei por muito tempo como algo voltado para problemas de alergia que meu filho tinha e depois com o tempo, percebi que muitas mães de filhos com autismo relatavam essa mesma queixa dos seus filhos e comecei a perceber que era outro sintoma físico comum.
2. Hipotonia: Comum em crianças e adultos autistas, pode afetar a comunicação, a interação social, a postura, a fala, o equilíbrio e a coordenação. Uma baixa tonicidade muscular pode afetar não apenas a postura e a mobilidade, mas também áreas como a fala e a deglutição.
3. Alergias Alimentares: Em autistas, alergias alimentares podem desencadear comportamentos como irritabilidade, hiperatividade e dificuldade de concentração. Me filho teve alguns problemas assim e compartilhando meu caso com outras mães, percebi que era algo em comum.
4. Andar na ponta dos pés: Muitos autistas andam na ponta dos pés como forma de estímulo ou por desconforto ao contato com o chão. Este comportamento pode ser tanto uma busca por estímulos sensoriais quanto uma reação a sensações desagradáveis.
5. Dores no corpo: A sensibilidade à dor é comum em autistas, podendo ser relacionada à forma como o cérebro processa informações sensoriais. Além das dores crônicas, muitos autistas têm uma percepção diferente da dor, podendo ser hipo ou hipersensíveis a ela.
6. Falta de equilíbrio: Resultante de diferenças neurológicas e sensoriais, muitos autistas apresentam desafios com equilíbrio e coordenação motora. A coordenação motora e o equilíbrio podem ser desafiadores, influenciando atividades diárias e esportivas.
7. Insônia: Muitos autistas enfrentam problemas para relaxar, adormecer e manter um sono contínuo. O sono reparador é essencial, mas muitos autistas lutam contra distúrbios do sono, impactando sua qualidade de vida.
8. Sensibilidade à Luz e Som: Conversando com alguns pediatras, os mesmos me informaram que crianças e pessoas com autismo têm sensibilidades aumentadas a estímulos visuais ou auditivos. Por isso muitas mães relatam que seus filhos que tem autismo não gostam de lugares barulhentos, porque podem resultar em desconforto ou até mesmo dor em ambientes barulhentos ou até mesmo bem iluminados.
9. Problemas Digestivos: Não sei se é algo tão comum esse sintoma, mas já escutei muitas pessoas que convivem com autistas e aqui em casa é a mesma coisa. São comuns os episódios de constipação, diarreia e outros problemas gastrointestinais. O que acaba influenciando muito o humor de qualquer um, não é mesmo?
10. Sensação tátil alterada: O toque pode ser percebido de forma diferente por autistas, com alguns encontrando conforto em pressões específicas, enquanto outros podem achar um simples toque desagradável ou doloroso.
Para aqueles que estão se perguntando sobre a presença desses sintomas em suas crianças ou em si mesmos, é fundamental buscar ajuda profissional. O ambiente também pode ser adaptado para reduzir estímulos excessivos, especialmente para aqueles que sofrem de insônia.
Ao refletir sobre a jornada do meu filho, lembro-me dos desafios que enfrentamos juntos. Era uma tarde ensolarada quando ele veio até mim, cobrindo os ouvidos, sobrecarregado pelo som de uma simples campainha. Naquele momento, eu percebi o quanto os detalhes, que muitas vezes passam despercebidos para a maioria de nós, podem ser intensos para alguém no espectro autista.
As peculiaridades físicas não são apenas sintomas; são janelas para entender um mundo muito particular e especial. Cada toque, som ou luz pode trazer uma experiência totalmente diferente para eles. Ao longo dos anos, aprendi que, ao compreender e respeitar essas sensibilidades, podemos criar um ambiente de amor, apoio e aceitação.
A sensibilidade do meu filho ao som da campainha foi apenas um dos muitos sinais que ele deu ao longo de sua vida. No entanto, com empatia, amor e o conhecimento adequado, conseguimos criar uma rotina onde ele se sente seguro e amado. Acredito firmemente que o primeiro passo para ajudar nossos entes queridos é nos educarmos e nos tornarmos conscientes de suas necessidades.
Então, se você se deparar com alguém que parece estar reagindo de maneira diferente a estímulos comuns, lembre-se de que eles podem estar experimentando o mundo de uma maneira muito singular. Seu entendimento e apoio podem fazer toda a diferença.
A todos os pais, cuidadores e amigos de pessoas no espectro autista: sua paciência, amor e esforço não passam despercebidos. Continuem a jornada, sempre buscando compreensão e aceitação. E lembrem-se, em meio aos desafios, também há muita beleza e alegria em cada pequeno progresso. ❤️
Peço que compartilhem nos comentários quais desses sintomas físicos você ou sua criança apresentam. E se conhecerem outros sintomas, também gostaríamos de saber. A sua contribuição pode ajudar muitos a entender e a lidar melhor com o espectro autista. Se achou este conteúdo relevante, não se esqueça de curtir. Muito obrigado pelo apoio e participação!